ecentemente
uma mídia televisiva veiculou uma novela em seu horário nobre, que “brindou” a
teledramaturgia com a quebra de mais alguns paradigmas, com o intuito de
alimentar a fome de IBOPE e granjear novos adeptos incautos, reféns das tão
propagadas culturas de massa. A trama
recheada de requintes de sordidez e promiscuidade teria surpreendido, se
possível fosse até mesmo ao Inimigo. A
história foi regada a traições, mentiras, jogos de poder, perversões, ganância
e vingança. Todo este repertório exigido
como tempero indispensável para apimentar o interesse dos telespectadores;
culminou com fatídicas conseqüências, destruindo várias pessoas na ficção e
inspirando a sordidez de outras na vida real; deveria ter inspirado outra
denominação à novela, por sinal, menos auspiciosa, como por exemplo: “Desprezo
pela vida”.
Ao contrário da narrativa
supracitada, a história que inspirou este artigo não foi originada por uma
mente transtornada pelo pecado, e sim, fruto da construção e consecução de um
lar, cercado de amor e cuidados. Lar
este solidificado pela Palavra de Deus, tendo como coluna mestra o próprio
Deus.
O Natal estava se aproximando,
Wellington e Fernanda começaram a fazer planos para a viagem, pensavam nos
parentes e amigos do Mato Grosso; imaginavam como seria aprazível a viagem, o
entusiasmo das duas crianças, a alegria de rever os entes queridos, enfim de
sair da rotina implacável do cotidiano que a todos consome. Os dias estavam passando muito depressa... de
repente, chegou o dia tão aguardado, o dia de fazer as malas e “por os pés na
estrada”. O alvoroço foi grande, o dia
23 de dezembro de 2013 foi um corre-corre; tudo transcorreu bem, a viagem, a
confraternização de Natal e tudo o mais.
O ano de 2013 já estava moribundo
emitindo os seus últimos suspiros, dando sinais de que aquele era o fim. Três, dois, um, zero! Feliz Ano Novo! Dois mil e quatorze abençoado a todos! Bum! Bum!
Os fogos explodiam esfuziantes no horizonte, a confraternização
universal já era uma realidade para todos.
Pena que os fogos exalaram um longínquo odor de material degradado,
queimado, incinerado. Não eram bons
ventos, pois estes traziam as notícias desoladoras de dor e destruição. O sonho tão ansiado e suado da conquista da
casa própria financiada havia se esvaído como fumaça. As novas e alaridos do novo ano não eram
agradáveis; a notícia foi implacável – um bando de vândalos havia perpetrado um
assalto à residência do casal, ateando fogo em sua casa.
Teria sido uma tragédia pessoal para
esta família se encerrássemos nossa narrativa por aqui com um ponto final. No entanto, o Deus Altíssimo adicionou a este
ponto uma vírgula, prosseguindo com a história que ensinou a todos nós da
Igreja Batista em Coronel Antonino, o verdadeiro sentido de amor, fraternidade,
acolhimento, cooperação, comunhão e compaixão; mostrando-nos qual é a
verdadeira marca distintiva do discípulo de Cristo – o amor. Afinal, foi Jesus quem afirmou: “Nisto
conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35).
Assim que tomou ciência do fato, o
pastor titular da IBCA, pastor Alessandro Soalheiro Barbosa, mobilizou a todos
através de todas as mídias da igreja.
Resultado, em menos de cinco dias, a “Corrente do Bem” produziu seus
efeitos de maneira inimaginável. Movidos
por palavras inspirativas como: “Se mexer com um membro da IBCA, mexeu com
todos!”, “Se queimar a casa de um de nós, queimou a casa de todos!”; a igreja
partiu rumo a uma verdadeira odisséia de socorro e assistência aos nossos
queridos irmãos vitimados pelos agentes do mal!
Resultado - os donativos vieram de
todas as formas: uma casa foi gentilmente cedida para abrigar de imediato a
família; uma verdadeira força tarefa em forma de mutirão preparou todas as
condições para uso da casa; todos os móveis e eletrodomésticos foram doados;
enxovais completos de roupas pessoais, cama, mesa e banho abasteceram os seus
armários; comida de todos os gêneros foi doada para muito tempo, doações em
dinheiro para as necessidades imediatas da família, até o processo para acionar
o seguro foi formalizado com a ajuda de profissionais da IBCA.
No dia 19 de janeiro de 2014, foi
realizado um culto de gratidão a Deus intitulado: “Culto do Amor”, onde
afetuosamente a família recebeu o carinho e manifestações de solidariedade
coletivas. Foi uma noite memorável e
emocionante que teve como clímax o testemunho de gratidão do casal pelas
bênçãos recebidas.
Não é a toa que o slogan da IBCA é:
“Um lugar para todos!”
A igreja conta hoje com mais de
trinta ministérios, muitos deles voltados ao evangelismo, à comunhão e à
assistência aos necessitados e perdidos.
Dentre eles ressaltamos: o ministério do SOPÃO, que há pouco mais de
três anos atende ininterruptamente a duzentas famílias no Jardim Noroeste; O
ministério do Doutores do Reino que leva a alegria e a esperança a crianças
hospitalizadas nos diversos hospitais de Campo Grande; Culto na Santa Casa realizado
há alguns anos, sempre no primeiro domingo de cada mês; início do atendimento a
adictos através do ministério Celebrando a Recuperação; o MIMEI, ministério que
valoriza e dignifica o idoso; para citar apenas alguns destes.
Assim como descrito em Atos 2.42-47;
também tem sido esta a tônica da IBCA, uma história de AMOR ÀS VIDAS!
Francisco Barros
Servo do Senhor
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